Dica de Restaurante: Lasai – Rio de Janeiro

O mês de março é uma mês de muita felicidade para mim, além de abrir minha estação preferida, eu e o Ariel fazemos aniversário de casamento! Todo ano escolhemos um lugar bacana para jantar e comemorar e este ano não foi diferente. Quando conversamos sobre o assunto, logo lembramos que o restaurante mais aguardado dos últimos tempos, finalmente estaria de portas abertas para a nossa data especial!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 2No dia 15/03 liguei para fazer a reserva e conversei com a simpática e super competente, Malena, uma mistura de Americana e Mexicana, mulher do chef da casa e responsável pelo atendimento. Ela me explicou como funcionariam os menus e fizemos a reserva para o dia 22/03 (já que o dia 21 já estava completo). Comecei então uma pesquisa na internet e fiquei sabendo que este seria o segundo dia de abertura para o público, até então, o restaurante estava passando por fases de ajustes e só recebia os amigos, entre eles Roberta Sudbrack, Thomaz e Claude Troigros e Felipe Bronze.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 1O chef é o carioca Rafa Costa e Silva que estudou no The Culinary Institute of America e trabalhou em restaurantes prestigiados como Jean Georges Vongerichten (estilo asiático/francês com três estrelas pelo New York Times) e Rene Pujol Restaurant (estilo clássico francês com quatro estrelas pelo New York Times). Mas sua melhor conquista, com certeza, foi a chefia do famoso Mugaritz, um restaurante no País Basco na Espanha com duas estrelas michelin e considerado o terceiro melhor restaurante do mundo pela The Restaurant Magazine.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 6O Restaurante Lasai, conta com dois sommeliers, o venezuelano Oliver Gonzales e o brasileiro Paulo Prado e mais um mixologista vindo de Goias. No atendimento, os experts, Zaigor (basco) e Malena juntos com a equipe de garçons muito bem treinada. Sem contar a experiente brigada da cozinha, com 17 integrantes. Apesar de tamanha equipe, o restaurante faz jus ao nome, que em Euskera (língua Basca) significa tranquilo.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 5O restaurante promete uma cozinha de vanguarda, destacando sempre os produtos locais e respeitando as tradições. Alias, o chef mantém duas hortas, uma na Região Serrana (Araras) e a outra em Itanhangá (Vale das Videiras). Não existe um menu fixo, tudo é feito de acordo com o que é encontrado fresco no dia, além do mais, ele foge do básico e trabalha com produtos que não encontramos em mercado, feiras ou produtores em geral.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 4O serviço é atento, discreto e cordial. Os copos e taças nunca ficaram vazios e os talheres são trocados ao longo de todo o jantar. Os pratos vinham quentes ou frios, de acordo com a comida, e muito bem faxinado.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 3Na foto acima, você pode conferir a vista da nossa mesa, lá no alto a cozinha, o bar e a mesa V.I.P. com quatro lugares.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 7A redoma em cima das mesas servia tanto para decorar como anunciar o destaque da noite!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 12E a noite começou com um Espumante Excelence de 29 R$ a taça.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 8Logo conversamos com a Malena sobre os menus da noite, são eles: Festival, com 15 pratos por 215 R$ e o Não me contes histórias de 3 pratos à escolha do cliente por 155 R$, sendo uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Quem quiser pode acrescentar uma seleção de queijos artesanais, como pré sobremesa, por mais 25 R$ no segundo menu.

Outra escolha a ser feita é sobre a harmonização com bebidas. A primeira é com 4 cursos por 125 R$ e a segunda com 6 por 150 R$, qualquer que seja sua escolha, a harmonização é feita de acordo com seu gosto e estilo, vinho mais forte, mais leve, branco, tinto, licoroso ou até mesmo drink’s, você escolhe. Quem quiser também pode pedir as bebidas fora do “pacote” de harmonização, taça, garrafa ou drink’s.

Decidimos nos entregar por completo ao que eu chamei de Experiência Lasai. Escolhemos o menu Festival e mais a harmonização de 6 cursos.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 9O primeiro aperitivo chegou logo depois da nossa conversa na cozinha com o chef, ele e o Ariel já tiraram uma foto juntos em 2012 para o jornal O Globo, aqui no Rio de Janeiro e desde então estávamos na expectativa do restaurante abrir. Mas agora chega de delongas e vamos ao que interessa, a comida!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 10O primeiro aperitivo foi uma Lâmina de arroz hiper crocante com tapenade de azeitonas pretas, vagem, rabanete, talos crocantes e pequenos brotos. Incrível o contraste de texturas e sabores.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 11O segundo aperitivo foi um atum em crocante de alga nori e angostura. Um dos preferidos do Ariel.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 13Este sim ganhou meu coração, rabada bem desfiada em cima de um pão brioche, coberto com um molho bem reduzido e uma brotinho na decoração. Mega saboroso, eu poderia comer um prato inteiro disso!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 14O quarto aperitivo foi este tempura de legumes, tão crocante como a lâmina de arroz do primeiro aperitivo, o tempura de folhas de cenoura, abobrinha e capuchina veio acompanhado de um caldo de grão-de-bico com gengibre e capim-limão para dar mais sabor ao prato.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 16O último e não menos importante aperitivo da noite, foi o ragu de orelha de porco em um pedaço de cebola roxa. Delicioso!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 17Chegou a hora de experimentar o primeiro drink preparado pelo mixologista da casa, cerveja aromatizada com óleo e raspas de limão siciliano. Bem amargo, mas muito bom.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 18A cerveja usada foi a Funk IPA, uma cerveja fluminense, baseada no life style do carioca. Leve, amarga e aromática.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 19A primeira entrada: beterraba e mini chuchu com requeijão e flor de sal. Sensacional! (Estou começando a ficar sem elogios, e ainda falta muitos pratos).

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 20 Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 21Minutos antes da segunda entrada ser servida, trouxeram uma infusão de louro, capim limão, umeboshi (ameixa japonesa) e katsuobushi (flocos secos de peixe) que logo serviria para completar a segunda entrada.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 22E esta foi a sopa de tubérculos, batata laranja, cenoura roxa, cará e aipim. Acredito que a proposta do chef neste prato é ressaltar o sabor dos tubérculos de sua horta, já que o sabor é muito diferente dos que compramos nos supermercados hoje em dia.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 23Para acompanhar a sopa, foi servido um Jerez da Vinícola El Maestro Sierra, feito em Jerez de La Fronteira, Cadiz-Espanha.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 24Outra estrela do menu, Vieras (fresquíssimas, recebidas ainda vivas do fornecedor) com um (maravilhoso) caldo de tutano e salada de ervas frescas. Só de lembrar dá água na boca!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 25 Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 26E para acompanhar as vieras, uma taça de Chablis 2011 da Gautheron, vinho branco de uva chardonnay, frutado e bem aromático, perfeito para a entrada.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 27Aqui temos a última entrada, arroz com caldo de galinha e gema de ovo caipira. A travessa veio fumegante e fomos aconselhados a misturar a gema ao arroz antes de comer. Este, para mim, sinceramente, foi o único prato relevante da noite, agora, para o Ariel que já morou mais de sete anos na Espanha, amou o prato, e até hoje está falando dele!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 28Neste momento chegou em nossa mesa um pedaço de pão de levain da Boulangerie do Guerin, nós não gostamos muito dos pães do Guerin, mas isso é muito particular, aqui no Rio todo mundo paga pau para ama ele, porém, nem todo mundo comeu pão na França para poder comparar, mas isso é tema para outra postagem, quem sabe!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 29Em seguida chegou os talheres para o próximo prato e eu vi que a coisa estava ficando séria. Vale o close de pertinho, talheres impecáveis!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 30Também chegou à mesa um drink feito a base de Gin. Delicioso!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 31Enfim chegou um prato com a estrela da noite, o milho. Atum com milho e caldo de milho e mini alface. Atum delicioso, milho sem igual, caldo perfeito, uma sintonia de sabores, alias, nenhum prato veio com falta de sabor, todos no ponto correto de sabor, sem ofuscar nenhum ingrediente.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 32Agora foi a hora do Turbullent, um vinho espumante feito com a uva Gamay, produzido na região sul do Vale do Loire na França pela Vinícola Domaine Robert Sérol, feito com fermentação natural sem adição de açúcares. Delicioso, refrescante e leve, perfeito para o que estava por vir!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 33Mais um prato radiante, Badejo com mini cenouras e miso, mais um para a minha coleção de preferidos da noite!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 34Para finalizar os pratos principais: Syrah da Montirius, feito na França, na região de Vaucluse com leveduras indígenas e no conceito de agricultura sustentável. Muito equilibrado e encorpado na medida certa (para o meu paladar).

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 35O Ojo de bife de Wagzu com pimentão vermelho veio mal passado, delicado, macio e suculento com um toque de alho e flor de sal que fizeram a diferença!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 36Um digestivo com sabor de abacaxi chegou a mesa e nos percebemos que o jantar estava chegando ao fim…

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 37Pré sobremesa; queijos artesanais de pequenos produtores. Canastra, Gran Paladare e Raclette nacional acompanhados de doce de mamão com baunilha da Bahia. Palmas para o Raclette, delicioso!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 38E para finalizar, mais um vinho francês. A vinícola Delas Frère situada no Vale do Rhône faz este vinho doce fortificado com a uva Muscat.

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 39Sim, tudo indica que estamos chegando ao fim! Vamos às sobremesas: a primeira foi este lindo sorvete de coco com farofa de coco torrado e ervas frescas. Muito refrescante!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 40E para finalizar, sorbet de açaí com farofa de granola, banana assada e canela em pau ralada na hora, bem carioca!

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 41Chegamos ao Lasai as 20:35 e as 23:35 a conta chegou à nossa mesa! Foram 3 horas de jantar, 5 aperitivos, 4 entradas, 3 pratos principais, 1 digestivo, 1 pré sobremesa, 2 sobremesas, 2 águas, 1 taça de espumante, 2 drink’s e 4 taças de vinho. A conta final ficou em 900,48 R$, uma média de 450,24 R$ por pessoa. A conta foi paga com um sorriso na boca e um gostinho de quero mais. Uma noite mais que aprovada e recomendada!

Depois de bater mais um papo com o Chef,  finalizamos nossa experiência Lasai conhecendo a adega, infelizmente eu estava com minha lente de 50mm para as fotos dos pratos e não consegui tirar uma boa foto, mas fica para a próxima visita…

Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 43Lasai Restaurante - Botafogo - Rafa Costa e Silva 44

Restaurante Lasai
Rua Conde de Irajá, 191.
Botafogo, Rio de Janeiro.
Telefone: +55  (21) 3449 1834
@restaurantelasai
@rafacostaesilva
lassai.com.br
www.facebook.com/restaurantelasai
 


CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

As postagem refletem somente a opinião dos autores do blog conforme a experiência no restaurante ou estabelecimento. Todas as dicas deste blog seguem um critério pessoal.

Para a avaliação são usados nossos conhecimentos e experiências vividas, tanto no Brasil e Argentina como nos anos morados na Europa (França, Inglaterra e Espanha) e os mais de 15 países visitados ao longo do tempo. Nossas avaliações também refletem nossa experiencia de anos trabalhando em restaurantes, hotéis e confeitarias de todo o mundo.

  

Cupcake de Limão Siciliano

Cupcake Limão Siciliano 1

Cupcake - Forma

Cupcake de Limão Siciliano

Tempo de Preparo

45 minutos

Rendimento

16 unidades

Custo

Médio

200 gramas de manteiga
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 ovos
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1-1/2 colher (sopa) de fermento em pó
4 colheres (sopa) de suco de limão siciliano
2 colheres (sopa) de raspas de limão siciliano

1 limão siciliano (suco e raspas)
3 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro

Preaqueça o forno a 180ºC. Bata a manteiga com o açúcar até que fique bem fofo e claro, acrescente os ovos e bata bem, junte a farinha de trigo, o suco e as raspas de limão, por ultimo acrescente o fermento em pó. Coloque a massa nas mini forminhas preenchendo 3/4 delas com a massa. Leve para assar por 15 a 20 minutos, retire do forno e deixe esfriar. Prepare a cobertura, misturando o suco de limão siciliano com o açúcar de confeiteiro, (esta calda fica bem espessa) passe por cima dos cupcakes e decore com as raspas de limão.

  

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Cupcake de Damasco e Amêndoas

Cupcake Damasco & Amendoa 1

Cupcake - Forma

Cupcake de Damasco e Amêndoas

Tempo de Preparo

45 minutos

Rendimento

16 unidades

Custo

Médio

200 gramas de manteiga
1/2 xícara (chá) de açúcar
2 ovos
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de farinha de amêndoas
1- 1/2 colher (sopa) de fermento em pó
1/4 de xícara (chá) de leite
3 colheres (sopa) de damasco em cubinhos

170 gramas de chocolate branco
150 gramas de cream cheese
2 colheres (sopa) de açúcar de confeiteiro
2 colheres (sopa) de damasco em cubinhos
2 colheres (sopa) de amêndoas trituradas grosseiramente

Preaqueça o forno a 180ºC. Bata a manteiga com o açúcar até que fique bem fofo e claro, acrescente os ovos. Logo misture a farinha de amêndoas e a farinha de trigo, alternando com o leite. Coloque os damascos e o fermento em pó e misture. Coloque a massa nas mini forminhas preenchendo 3/4 delas com a massa, leve para assar por 15 a 20 minutos, retire do forno e deixe esfriar. Enquanto isso faça a cobertura, derreta o chocolate branco em banho-maria, bata o cream cheese com o açúcar e acrescente o chocolate derretido, bata bem e leve para gelar, quando os cupcakes estiverem frios finalize com o creme e decore com alguns cubos de damascos e amêndoas.

  

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Quiche de Alho Poró

Quiche é uma torta aberta, originalmente feita com um recheio a base de creme de leite, ovos e bacon e com uma massa do tipo patê brisée, que tem como base manteiga e farinha. Hoje em dia é possível encontrar em diversos sabores, como na nossa receita e acrescentar algum tipo de queijo como parmesão, Camembert, Brie e Gruyére.

A palavra quiche vem do alemão “Küchen” ou torta em português. A quiche vem da região da Alsácia Lorena, que atualmente faz parte do nordeste da França e faz fronteira com a Alemanha, essa região que por muitas vezes foi comandada por alemães, foi alvo de diversas brigas territoriais entre os dois países.

A quiche foi criada na região da Alsácia Lorena, que na época ainda era uma província alemã chamada “Lothringen” (que em português significa Lorena e em francês Lorraine), logo após a França retomar a região da Alsácia depois da segunda guerra mundial, os francesas batizaram a torta de “Quiche Lorraine. Apesar de sua origem um tanto quanto conturbada, é possível afirmar que a quiche tem origem alemã, mesmo assim é um prato tipico e tradicional francês.

Sirva quiche em um almoço, jantar, café da manhã/tarde ou até mesmo como entrada.

Quiche de Alho Poró

Massa podre

Tempo de Preparo

2 horas

Rendimento

8 porções

Custo

Médio

500 gramas de farinha de trigo
250 gramas de manteiga gelada
1 ovo
2 a 3 colheres (sopa) de água gelada
1 colher (chá) de sal

Em uma vasilha coloque a farinha, o sal e a manteiga em cubinhos, trabalhe a massa com a ponta dos dedos até que fique parecido com uma farofa, acrescente o ovo e 2 colheres de água (se for necessário acrescente mais uma colher de água), não sove a massa, apenas misture para ficar homogênea, envolva em um filme plastico e leve para a geladeira por 30 minutos.

Jogue um pouco de farinha em uma mesa limpa e com a ajuda de um rolo, abra a massa numa espessura fina. Logo, forre o fundo e a lateral de uma torteira de fundo removível. Se tiver dificuldade desta maneira, abra a massa entre dois plásticos enfarinhados. Com um garfo, fure o fundo. Coloque um papel manteiga cobrindo o fundo e a lateral da massa e preencha com um pouco de grãos de feijão, para a massa não subir enquanto assa. Leve a massa para assar em forno preaquecido a 220ºC por 20 minutos, retire a torta do forno e tire o papel manteiga e os feijões e coloque o recheio.

Recheio de Alho Poró

Tempo de Preparo

30 minutos

Rendimento

8 porções

Custo

Baixo

2 alho poró de tamanho médio fatiado fino
4 colheres (sopa) de cebola em cubinhos
3 dentes de alho amassados
4 colheres (sopa) de azeite
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de pimenta branca
1 xícara (café) de vinho branco
2 colheres (sopa) de folhas de tomilho
2 colheres (sopa) de salsinha
2 colheres (sopa) de cebolinha

200 gramas de creme de leite
100 gramas de leite
3 ovos
50 gramas de queijo parmesão
1 pitada de noz moscada
1/2 colher (café) de sal

Em uma panela grande aqueça o azeite, coloque a cebola e o alho e refogue até dourar, acrescente o alho poró e mexa de vez em quando, quando estiver cozido coloque o vinho e deixe reduzir, acrescente então as ervas, tempere com o sal e a pimenta, deixe esfriar bem.

Enquanto isso bata junto todos os ingredientes do creme. Depois de pre assada a massa, coloque o recheio de alho poró e por cima o creme de queijo. Volte a quiche ao forno até dourar.

  

Dica de Livro: elBulli 1998-2002

Normalmente as postagens de dicas de livros vem acompanhada de uma receita, mas dessa vez preferi falar sobre o autor do livro, que neste caso merece toda nossa atenção, Ferrán Adrià. No final da postagem você pode conferir mais fotos do livro e como ele funciona.

El Bulli 1998-2002 1

O CHEF

Ferrán Adrià é considerado o maior chef do mundo e sem dúvida é um dos mais criativos. Sua abordagem é quase “cientifica” ou “desconstrutivista” como ele gosta de referir-se a sua gastronomia molecular. A revista Gourmet se refere ao brilhante Chef como “o Salvador Dali da cozinha”, e sem dúvida, Ferrán Adrià tem um lugar de destaque na história da culinária.

Ferran Adrià

Ferrán nasceu em 14 de maio de 1962 em Barcelona e iniciou sua carreira culinária em 1980, lavando pratos. Na necessidade de dinheiro para ir de férias à Ibiza, Adrià, conseguiu um emprego como lavador de pratos em um restaurante francês no Hotel Playafels em Castelldefels, Espanha. Foi lá que ele aprendeu as técnicas clássicas da culinária.

Retornando a Barcelona, ele trabalhou em vários restaurantes antes de finalmente conseguir um emprego na Finisterre, onde se tornou assistente de cozinheiro. Adrià logo teve que deixar Finisterre para cumprir serviço militar e foi na Marinha espanhola que, eventualmente, acabou no comando de uma cozinha pela primeira vez em sua vida.

Adrià completou o serviço militar em agosto de 1983 e logo após deixar a Marinha, foi-lhe dada a chance de fazer um estágio no El Bulli, em Roses, Espanha. Aparentemente, o chef gostou do que viu em Adrià e lhe ofereceu o cargo de Chef de Partida. Adrià tinha apenas 22 anos na época e mesmo assim, dezoito meses mais tarde, se tornou o Chef de Cozinha.

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Antes da chegada de Adrià, elBulli era relativamente desconhecido, apesar de já ter duas estrelas Michelin e mesmo com sua localização remota, acabou sendo o restaurante melhor classificado do mundo pela revista Restaurant.

Assim que Adrià se juntou à equipe, o gerente de restaurante Juli Soler recomendou que ele viajasse para encontrar ideias frescas para usar no elBulli. Adrià então foi para alguns dos melhores restaurantes da França, onde ele adquiriu uma enorme coleção de técnicas de muitos dos grandes mestres da culinária.

No final dos anos 80, Adrià iniciou a realização de experimentos de cozimento que mudariam para sempre a história da culinária. Seus experimentos são frequentemente associados com Gastronomia Molecular, suas criações são projetadas para surpreender e encantar seus convidados, mas a importância do gosto é sempre o objetivo final.

Ele é mais conhecido pela criação das Espumas, que é atualmente utilizada por chefs de todo o mundo. A espuma é composta de um sabor natural (doce ou salgado) misturado com um agente gelificante natural. A mistura é colocada dentro de um sifão, onde saí com a ajuda de óxido nitroso, dando a textura de espuma.

Em consonância com os objetivos de criação de elBulli, o restaurante fechava por seis meses a cada ano durante o qual Adrià tinha tempo para viajar em busca de inspiração e realizar experimentos e receitas em seu laboratório culinário, “El Taller”.


FUNDAÇÃO EL BULLI

fundacionelbulli.org/

No ano de 2011, Ferrán, encarou um novo projeto: tornar El Bulli em uma fundação. Segundo ele, este era o momento para desenvolver algo para a sociedade, “Criar talento significa criar riqueza, postos de trabalho e aumentar a competitividade ao nosso entorno”, diz Adrià. No mesmo ano, em novembro, tive o prazer de ver o Ferrán ao vivo em Buenos Aires no teatro Gran Rex, falando sobre criatividade e sobre sua nova Fundação. De uma simplicidade e carisma sem fim, Adrià realmente cativou as mais de 3400 pessoas presentes.

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O lema da fundação é: “elBulliFoundation Liberdad para crear” .
Saiba mais sobre a fundação assistindo este vídeo:


O LIVRO

Este brilhante livro foi comprado quando eu estava fazendo um curso em Barcelona na Sole Graells, alias, um ótimo lugar para visitar, comprar livros, coisas para cozinha e fazer cursos. São 496 páginas, com todos os menus oferecidos no restaurante entre os anos de 1998 e 2002.

El Bulli 1998-2002 2Neste livro inovador, repleto de fotografias e cores, são apresentados não apenas receitas do El Bulli, mas também uma análise do seu desenvolvimento, filosofia e técnica por trás das receitas.

El Bulli 1998-2002 3

Visualmente o livro é deslumbrante, o box inclui o livro junto com um guia completo e um CD interativo que contem cada receita, numerada e catalogadas por ano.

El Bulli 1998-2002 5Este livro é bem carinho, na época paguei 350€ e hoje encontrei na Amazon por 450$. Acredito que vale o investimento se você é profissional na área ou muito amante de gastronomia.
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